terça-feira, 17 de outubro de 2006

100 euros... eu e a política

Em cada 100 euros que o patrão paga pela minha força de trabalho, o Estado, e muito bem, tira-me 20 euros para o IRS e 11 euros para a Segurança Social.

O meu patrão, por cada 100 euros que paga pela minha força de trabalho é obrigado a dar ao Estado, e muito bem, mais 23,75 euros para a Segurança Social.

E por cada 100 euros de riqueza que eu produzo, o Estado, e muito bem, retira ao meu patrão outros 33 euros.

Cada vez que eu, no supermercado, gasto os 100 euros que o meu patrão pagou, o Estado, e muito bem, fica com 21 euros para si.


Em resumo:

  • Quando ganho 100 euros, o Estado fica quase com 55
  • Quando gasto 100 euros, o Estado, no mínimo, cobra 21
  • Quando lucro 100 euros, o Estado enriquece 33
  • Quando compro um carro, uma casa, herdo um quadro, registo os meus negócios ou peço uma certidão, o Estado, e muito bem, fica com quase metade das verbas envolvidas no caso

Eu pago e acho muito bem, portanto exijo:

  • Um sistema de ensino que garanta cultura, civismo e futuro emprego para os meus filhos;
  • Serviços de saúde exemplares. Um hospital bem equipado a menos de 20 km da minha casa;
  • Estradas largas, sem buracos e bem sinalizadas em todo o país;
  • Auto-estradas sem portagens;
  • Pontes que não caiam;
  • Tribunais com capacidade para decidir processos em menos de um ano;
  • Uma máquina fiscal que cobre igualitariamente os impostos;
  • Eu pago, e por isso quero ter, quando lá chegar, a reforma garantida, jardins públicos e espaços verdes bem tratados e seguros;
  • Polícia eficiente e equipada;
  • Os monumentos do meu País bem conservados e abertos ao público;
  • Uma orquestra sinfónica;
  • Filmes criados em Portugal.
  • E, no mínimo, que não haja um único caso de fome e miséria nesta terra.

Na pior das hipóteses, cada 300 euros em circulação em Portugal garantem ao Estado 100 euros de receita.

Portanto, Sr. Primeiro-Ministro, governe-se com o dinheirinho que lhe dou porque eu quero e tenho direito a tudo isto.

Um português contribuinte.

1 comentário:

Anónimo disse...

voces teem o que merecem! a D. manel f, leite e que era ma. os ter dainformacao faziampassar a +palavra e ai tem io resultado. Os lobos atacamonde ha dinreiro.