quarta-feira, 9 de novembro de 2005

O crivo das três peneiras

Fonseca foi transferido de Secção.
Logo no primeiro dia, aproximou-se do seu novo chefe e saiu-se com esta:

- Chefe, o senhor nem imagina o que me contaram a respeito do Silva. Disseram que ele ...

Nem chegou a terminar a frase, Pereira, o chefe, interrompeu.

- Espere lá Fonseca. O que vai me contar já passou pelo crivo das três peneiras?

- Peneiras? Que peneiras, Chefe?

- A primeira, Fonseca, é a da VERDADE. Tem a certeza de que esse facto é absolutamente verdadeiro?

- Não. Não tenho... Como posso saber? O que sei foi o que me contaram... Mas eu acho que...

E, novamente, Fonseca é interrompido pelo chefe:

- Então a sua história já falhou a primeira peneira. Vamos então para a segunda peneira que é a da BONDADE. O que me vai contar, gostaria que os outros também o dissessem a seu respeito?

- Claro que não! Deus me livre, Chefe! - diz Fonseca, assustado.

- Então - continua o chefe - a sua história falhou a segunda peneira. Vamos ver a terceira peneira, que é a da NECESSIDADE. Acha mesmo necessário contar-me esse facto ou passá-lo adiante?

- Não, chefe. Passando pelo crivo dessas peneiras, vi que não resta nada para contar - comenta Fonseca, surpreendido.

- Pois é, Fonseca. Já pensou como as pessoas seriam mais felizes se todos usassem essas peneiras? - diz o chefe sorrindo e continua: - Da próxima vez em que surgir um boato por aí, submeta-o ao crivo dessas três peneiras: Verdade - Bondade - Necessidade, antes de obedecer ao impulso de passá-lo adiante, porque:

PESSOAS INTELIGENTES FALAM SOBRE IDEIAS

PESSOAS COMUNS FALAM SOBRE COISAS

PESSOAS MEDÍOCRES FALAM SOBRE PESSOAS

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