COISAS ADORMECIDAS
Mais do que o olhar a mão que quer
e consente querendo
entre linhas ininterruptas de silêncio
e a água sempre
depois da mão a transparência
e a luz branca que a ilumina de dentro
porosa, óleo sobre lua vegetal
a carícia é o sentido da superfície olhada
e a que está ao lado da forma
rebenta em minúsculos peixes
que são a miniatura da criação
se a mão se afasta em cada poro
uma pétala de atenção se perde
inventamos a carne da palavra
espelhos pobres imagens sem fadiga
que não redimem.
rosa alice branco
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