terça-feira, 17 de abril de 2007

energia de pó



Sentou-se e mirou o espelho num alucinado e lento semicerrar de olhos.
Não se reconhecendo, sentiu-se desconforme e apossado pelo frenesi do seu ser.

Aquela desconhecida criatura de olhar inócuo e inerte, que vasculha a memória e a imensidão do vazio corpóreo presente, transfigura e transmuta-se numa energia de pó.

Extraviado e disperso, resgata num ápice o ser.

Fora mais uma vez em que por instantes se encontrara para logo a seguir novamente se perder.

encapuzado extrovertido

1 comentário:

Anónimo disse...

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